20 março, 2007

Crise na Direita

Vive-se um período de grandes mudanças políticas nos partidos de direita. A nível nacional já o PSD e o PP entraram em ebulição. No PSD começam a aparecer os primeiros possíveis candidatos à presidência do partido – Luís Filipe Menezes e Santana Lopes, embora este último tenha demonstrado este interesse de uma forma muito rebuscada (consequência inevitável da sua estranha personalidade). No CDS/PP instalou-se uma autêntica revolução. Paulo Portas demonstra uma enorme sede de poder e faz tudo para conseguir chegar à presidência do PP o mais rápido possível. Ora, como não podia deixar de ser, com o encontro dos dois blocos – Paulo Portas vs. Ribeiro e Castro – o Conselho Nacional do PP entrou em efectiva erupção, acabando por tornar inevitável uma muito próxima destruição das estruturas e um grande número de baixas no partido.

Já a nível regional (Açores) as alterações ainda só se verificaram no PP – Artur Lima (actual deputado regional da bancada parlamentar do PP) é o novo líder do CDS/PP Açores. Espera-se, num futuro próximo, a entrada em ebulição do PPD/PSD Açores. A situação actual de inexistência de oposição levará, inevitavelmente, a uma crise política interna antes das próximas eleições regionais, pelo que é de esperar alterações nos próximos meses.

Na Madeira (cenário de estranha democracia) Alberto João Jardim necessita de se demitir para re-afirmar o seu poder na Madeira. Perante dificuldades resultantes de decisões políticas nacionais, consequências reflexas da anterior má gestão dos dinheiros públicos na Região Autónoma da Madeira, Alberto João Jardim considera a possibilidade de uma possível (e provável) reeleição vir a forçar o Governo da República a repensar as suas decisões. Bem conhecendo o estilo de governação de Sócrates ao longo dos últimos 2 anos parece-me de impossível procedência a pretensão do Presidente demissionário do Governo Regional da Madeira. É mais um sinal de crise - a impotência de um poder de estranha matriz democrática de Alberto João Jardim.

03 março, 2007

OPÁÁÁ PT!!!

Pois é... lá se foi a oportunidade da SONAE. A oferta pública de aquisição (OPA) da SONAE à PT acabou por não se realizar devido à rejeição na Assembleia Geral pela maioria dos accionistas da PT da proposta de desblindagem dos estatutos da PT. O facto é que com esta rejeição a SONAE não conseguiria controlar, com sucesso, a PT.
Ficou, assim, sem sucesso aquele que sería o maior negócio realizado em Portugal desde sempre. Muitos foram os negócios de bastidores que envolveram todo este processo preparatório da OPA pela SONAE. O facto é que desta vez o investimento não correu bem. Mas esse é o risco constante de qualquer empresário. O sucesso faz-se de grandes negócios que, na verdade, envolvem sempre grandes riscos. Faça-se justiça à SONAE - este foi um passo corajoso da empresa de Belmiro de Azevedo. Se tivesse corrido bem sería o maior dos maiores negócios de sempre realizado em Portugal.
Resta-nos esperar pelo próximo desafio: será que a SONAE se vai fundir com a Vodafone? A ver vamos.